5 de mar. de 2015

Os ídolos estão acabando

Mais um ídolo se foi. Na noite de ontem, após 519 jogos, 47 gols e quase 10 anos de história, Léo Moura se despediu do Flamengo. É mais um jogador que deixa o clube e a torcida que o consideram excepcional dentro e fora das 4 linhas.

São muitas as perdas, e cada vez mais difícil achar prováveis ídolos para os times. Assim como o Flamengo, outras equipes se despediram de jogadores marcantes para o clube. Na história recente, foi o caso de Juninho Pernambucano pelo Vasco, Alex pelo Coritiba, Marcos pelo Palmeiras, Petkovic pelo próprio rubro negro, Conca pelo Fluminense...

Gilvan de Souza / Site oficial do Flamengo
É muito raro ver um jogador criar um vínculo emocional com um clube, algo que antigamente acontecia com mais facilidade. Hoje o que importa é o dinheiro e a fama e não mais o amor pelas cores da camisa.

D’Alessandro agora é o jogador de linha que a mais tempo está defendendo um clube da série A, 7 anos. No geral, fica atrás apenas de Rogério Ceni (22 anos), Fábio (10 anos), Magrão (10 anos) e Marcelo Grohe (9 anos). Todos goleiros, uma posição mais frequente.

A venda precoce de jovens impede que o jogador crie raízes com o time. A rotatividade do mercado e o atraente futebol europeu também são os causadores da escassez de figuras queridas para as equipes.

É triste ver grandes nomes se despedirem de seus times e até mesmo do futebol. Só que mais triste ainda é se deparar com a realidade de que não se fazem mais ídolos como antigamente.

Aproveitem os momentos, porque a fábrica dos memoráveis está fechando as portas.

Juan Oliveira
Twitter: @Juan_Olv

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