Em avaliação, nossa missão do Acesso.

Olá, amigos e amigas da Coluna Leonina!

Trabalhamos esta semana com uma certa tranquilidade, após o bom empate fora de casa contra o São Caetano. Entretanto, boa parte de nós, rubro-negros originais, estamos um tanto quanto desconfiados com nosso time, sendo que muito deste sentimento está diretamente ligado à nossa memória recente.

Tudo por conta do fiasco na Série B do ano passado e da derrota para um time de quarta categoria nas finais do estadual, além do começo conturbado no próprio campeonato nacional.

Diante deste panorama, vamos aqui tentar provocar uma reflexão de como deverá ser a missão do técnico Mazola, agora efetivo, a frente do nosso grupo de jogadores, na busca por atingir o objetivo do acesso e o título de Bi-Campeão da Série B, nesta edição de 2011.

Antes, porém, gostaríamos de parabenizar a diretoria do Sport, primeiro pela capacidade de recrutar um profissional do naipe de Mazola para trabalhar nos Juniores e segundo por ter tido a coragem de referendar o pedido da torcida na sua contratação como treinador da equipe de profissionais. Tem tudo para dar certo e vamos torcer muito por isso.

Importante destacar que para realizar este estudo técnico, assistimos à vários jogos dos times da Série B até então no PFC (aquela máquina HDTV é mesmo uma dádiva).

Então vamos aos fatos.

Para nós, apenas seis clubes disputarão as quatro vagas na Série A em 2012. Em ordem de classificação até o início da nona rodada, são eles:

1) Ponte Preta

2) Portuguesa de Desportos

3) Paraná Clube

4) Criciúma

5) Vitória

6) Sport

Pelo que pudemos acompanhar, as duas únicas equipes a jogar realmente bem até o momento, com uma razoável regularidade, são Ponte Preta e Portuguesa, não a toa, atuais líder e vice-líder, respectivamente.

Para efeito da avaliação a que nos propomos, iremos comentar sobre cada um dos times que se mostram hoje, na nossa opinião, capazes de lutar pelo acesso:

1) A Ponte Preta tem um histórico de formar bons times, começar bem, e depois cair bruscamente de produção (foi assim em 2010, quando chegou a liderar por algumas rodadas). Contudo, o clube de futebol mais antigo do Brasil, este ano, entra forte para brigar pela vaga e até pelo título.

Destaques individuais para o novato atacante Ricardo de Jesus, artilheiro da competição com 9 tentos e para o ótimo meia Renatinho, ex-Coritiba. Do ponto de vista coletivo, é um time compacto, humilde, e que tem na boa pegada - com saída rápida para o ataque - a sua principal arma. O ponto fraco é o banco de reservas, que não acompanha nem de perto as peças hoje consideradas titulares do elenco.

2) A Lusa à dois anos que bate na trave para o acesso com o 5° lugar. Este ano, porém, tem tudo para estar no G4 final, pois o time é bastante entrosado, já que tem a base mantida do campeonato Paulista, onde chegou às quartas de finais, sendo eliminada pelo São Paulo.

Os principais destaques individuais até o momento são os laterais Luis Ricardo (atacante de origem, improvisado na direita) e Marcelo Cordeiro (na esquerda), assim como o experiente e perigoso centroavante Jael, além de Edno, melhor jogador da série B até o presente instante. Coletivamente, tem no apuro técnico sua principal virtude. Por outro lado não tem um meio de campo tão veloz, fato este que se bem aproveitado pelos adversários, pode criar enormes problemas para a Lusa, como já fizera por exemplo o ASA na última rodada.

3) O Paraná Clube é um mistério. Recém rebaixado no campeonato paranaense, que já é um estadual fraco por natureza, o clube paranista ressurgiu das cinzas como fênix. Fez-nos lembrar de um caso parecido bem próximo de nós, o da Sarna Crui. Clube baleado com 2 anos seguidos na Série D nacional, conseguiu formar de última hora um time raçudo, disciplinado e competitivo, que surpreendeu a todos e acabou se consagrando em cima de um clube infinitamente mais estruturado e maior do que ele.

O tricolor paranaense surpreende na força de vontade da atual equipe e mostra que pode repetir a história do tricolor pernambucano, buscando o milagre do acesso no ano de seu rebaixamento estadual. É bom ficar de olho.

4) O Criciúma, atual vice campeão estadual da nossa Bela e Santa Catarina, também é outra surpresa pelo lado positivo. Antes coadjuvante, começou pontuando forte e já causa alguma preocupação aos clubes favoritos.

Tem alguns pontos de destaque coletivo, como a boa marcação no meio, uma sólida defesa e bons jogadores de criação, onde podemos citar os meias Roni (atualmente na seleção sub-20) e Pedro Carmona, um meia canhoto habilidoso, mas não tão constante assim. O ataque do Tigre vinha sendo o ponto fraco, mas Zé Carlos, centroavante forte e experiente, tem saído do banco para marcar os gols do time. Se pegar o gosto pelas redes, pode complicar ainda mais a vida dos adversários.

5) Um degrau abaixo dos demais, pelo menos no futebol apresentado até aqui, aparece o Vitória-BA, equipe treinada pelo nosso velho conhecido Geninho. Tem conquistado seus suados pontinhos na base da força e com uma boa dose de sorte ou ajuda dos adversários, como foi contra o próprio Sport, onde Marcelinho-PB jogou pro alto um pênalti no final do 1° tempo, dando de presente os 3 pontos para a equipe da Boa Terra.

Atualmente, o Vitória não tem nenhum destaque individual, muito menos coletivo, e entra na lista de favoritos à vaga pelo potencial de crescimento, além da força da camisa que inegavelmente possui, isto somado à fraqueza dos demais adversários.

Como futebol é um esporte cheio de questões imponderáveis, ainda podemos citar São Caetano, Góias, ABC e Náutico com algumas chances de acesso. São pequenas as possibilidades destes clubes pelos fracos elencos e pelos problemas extra-campo que carregam nesta temporada. São azarões que correm por fora, mas que não podem ser de descartados de forma definitiva.

Mais outras duas equipes devem fazer companhia à Barbie, Azulão, Goiás e ABC. São elas: Americana, dos veteranos Dodô e Fumagalli e o ASA, do bom meia Didira. Ao todo, estes sete times devem ficar ali no limbo, praticamente sem chances de subir, mas sem correrem maiores sustos de queda. Muito embora, a boneca da Mattel de vez em quando goste de dar uma passadinha pela Série C.

Já os outros sete clubes restantes são ruins que doem nas vistas e, portanto, cremos nós, sem nenhuma chance mais aparente de subir. Duque de Caxias, Salgueiro, Boa Esporte, Bragantino, Icasa, Guarani e Vila Nova (do técnico João Teimoso dos Anjos), brigarão ferozmente para não cair.

Bom, dito isto, é chegada a hora de avaliar as possibilidades do nosso glorioso Leão da Praça da Bandeira, maior clube desta edição da Série B. E o que temos a dizer é o seguinte:

6) Sport: pela força da camisa, pela torcida que tem, pelo gosto pelos títulos, pela entrada de Mazola, pelo jovial e bom elenco atual, pelo empenho do presidente e, especialmente, pela evolução no futebol da equipe, em que pese os insistentes problemas de contusões, nós vamos subir!

Mas para isso o Leão precisa se matar em campo, jogar com raça e expor a evidente maior qualidade técnica dos nossos atletas perante os assustados rivais. Se isso acontecer, antes mesmo da rodada 35 o G4 vira G3 e os clubes disputantes do grupo que pretende subir de divisão diminuirá de seis para cinco.

O que vocês acham?

Abraços, até breve e PST!