2015 pode ser um ano genial como foram 1994 e 1995. Mas também pode ser um fracasso retumbante como nunca vimos antes.
Alexandre Mittos, usando o formato da Juventus, procura contratar com qualidade e ao mesmo tempo em massa através de contratações a baixo custo. Mattos, como na Juventus, também se aproveita de refugos para construir um time competitivo num campeonato de pior técnica.
Na Juventus, o emblema dessa política é Pogba. O francês tinha acabado de se profissionalizar na pior de temporada de Sir Alex Ferguson depois da virada do século. Além de ser eliminado na Champions League, o time foi eliminado pelo Athletic Bilbao e Pogba foi titular de dezembro a fevereiro devido a uma crise de elenco com: Anderson e Cleverley titular, Carrick e Scholes machucado, Fletcher no terceiro ano de sua doença e outras contusões.
Pogba foi queimado porque, com 18 anos, não conseguia armar o time com a eficiência característica de Paul Scholes e o time patinou. Ao pedir um aumento substancial para sua renovação, Pogba queria o que o Real Madrid vai pagar para Martin Odegaard, quase R$ 300 mil. Ao ter sua renovaçãoo recusada pelo United, o jogador caiu no colo dos Agnelli e tem brilhado em Turim desde então.
Com uma habilidade única no chute de longa distancia, Pogba era uma incógnita ao chegar no Juventus Stadium.
No time do Palmeiras, hoje, temos uma porção de incógnitas e jogadores com muito potencial. O jogador mais intrigante do time todo, apesar de ter se machucado ontem, para mim, é Kelvin.
O jogador se transferiu do Paraná para o Porto e não conseguiu se estabelecer regularmente no plantel comandado neste ano por Julén Lopetegui. O jogador é mais famoso por marcar um gol no Benfica nos acréscimos pela Taça de Portugal que deu o título para o Porto e marcou o segundo vice campeonato do Benfica no mesmo ano, em 2013.
Kelvin tem tremendo potencial mas, como Pogba, o maior problema que os que trabalharam com ele apontam é a falta de comprometimento e de trabalho. Sabemos que ele é talentoso mas, o técnico Paulo Fonseca, antecessor de Julén Lopetegui, frequentemente o acusava do popular desinteresse e corpo mole. Resta saber se ele segue o caminho de Pogba ou o de Balotelli.
As contratações do Palmeiras tem sido muito semelhantes. A gestão de Alexandre Mattos evoca memórias do gerente geral do Oakland Athletics, Billy Beane, da MLB. O regime de contratações do Palmeiras tem sido objeto mais de um garimpo do que meramente escolher nomes numa prateleira do supermercado.
Como todos sabem, esse modelo envolve altos riscos mas, também envolve altas recompensas. O modelo de administração pode ser sustentável mas também pode acabar com um princípio de trabalho promissor do gestor.
Nesse ano, eu não espero títulos. Na minha opinião, esse time pode surpreender e até fazer um bom papel principalmente no Brasileirão (o Paulista deve estar sujeito a chuvas e trovoadas devido à falta de entrosamento) mas, como palmeirense que eu sou, permaneço desconfiado. Não é nada baseado em estudos ou estatísticas.
Se tratando de Palmeiras, espera-se de tudo.
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